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O jovem do violino

Eduardo Deloski acabou de completar 18 anos, mas já é uma figura bem conhecida nas ruas de Balneário Camboriú. Morador do bairro Conde Vila Verde, em Camboriú, toca violino desde os 14 anos de idade e aprendeu sozinho a tocar o instrumento. O jovem conta que na infância não gostava muito de música, mas foi assistindo vídeos na internet, começou a gostar de violino, vendeu um vídeo game e comprou seu primeiro instrumento, um modelo Vogga, usado, que na época custou R$ 179. “Venho de uma família muito humilde e meus pais não tinham condições de comprar, foi então que decidi vender meu vídeo game pra juntar o dinheiro” conta ele.

Para se aperfeiçoar, Eduardo procurou por professores que pudessem aprimorar suas técnicas, mas o alto custo das aulas mais uma vez se tornou um problema. “Foi então que surgiu a ideia de ir pra rua e mostrar meu trabalho às pessoas, assim eu conseguiria ganhar um dinheiro pra pagar as aulas. No início tinha vergonha, ficava atrás do Shopping Atlântico. Um dia uma senhora se aproximou e pediu que eu tocasse para ela, pois estava muito triste. Aquilo foi um estimulo pra mim”.

Foi a partir daquele momento que Eduardo deixou a timidez de lado e decidiu tocar em frente ao Shopping Atlântico, na Avenida Brasil, onde o movimento era maior. Mas como nada é fácil, mais uma vez os problemas apareceram e ele superou. “Um dia os seguranças do shopping me expulsaram, falaram que eu não poderia ficar ali. Tirei minhas coisas e fui tocar em frente a uma farmácia, depois em frente a um hotel. Hoje voltei para frente do shopping e eles me cedem uma tomada para ligar a minha caixa de som”. 



Quando toca, Eduardo mantém uma expressão suave, serena, até que alguém vem e deposita uma moeda, um sorriso sincero desponta, ele faz uma breve pausa na música e agradece com um singelo “obrigado”. 

Parte do dinheiro que ganha é depo-sitado em uma conta poupança. “Pretendo cursar a faculdade de música, mas hoje não tenho condições, então estou juntando o dinheiro para um dia poder estudar”. O sonho do jovem é tocar em uma grande orquestra sinfônica e gravar um DVD. “Eu quero que as pessoas me ouçam tocar, porque eu sei que elas ficam felizes, de alguma forma mexe com o sentimento delas e isso me realiza” conclui ele.


Texto: Ariel Silva / DRT 44809-SC
Fotos: Fernando Lisboa


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