Juliana Wosgraus é demitida do grupo RBS

A colunista social Juliana Wosgraus confirmou sua saída do Grupo RBS. Ela assinava uma coluna diária do Jornal Diário Catarinense e foi informada da demissão ontem e nesta quinta-feira (25) publicou uma despedida no blog que mantinha no ClicRBS.

Segundo comenta-se nos bastidores, o motivo da demissão pode estar relacionado aos enxugamentos de pessoal e custos que a empresa vem praticando há vários meses. Confira a nota.


Solta na vida lá vou eu...

Talvez seja essa a despedida mais feliz da minha vida. Talvez porque outras podem acontecer, e despedidas normalmente não são felizes. Mas está é pelo fato de não ser um adeus, nem um até logo, mas uma grande mudança, um novo ciclo.

Agora, seis meses após perder minha mãe e ganhar mais um anjo a me proteger, lá vou eu em busca de novos horizontes, sem mudar de paisagem. E me despeço dos leitores aqui do DC depois de duas décadas. A bem da verdade os 20 anos se completariam em novembro. E foram grandes furos, emoções, registro de conquistas e trajetória de vida de toda uma geração. Gente que estava nascendo e hoje tem filho. Honras como a de ter dado luz ao Guga Kuerten antes dele fazer sucesso e como ele outros expoentes.

Reportagens e furos nacionais fantásticos como da primeira turnê da Beyoncé no Brasil, do primeiro show de Paul McCartney em Floripa, quando por contingência fui também fotógrafa de um dos cadernos especiais; jantar com Roberto Carlos e tirar foto abraçadinha com ele. Altas emoções. E dei visibilidade a quem merecia, a outros nem tanto, mas vale é ter dado alegria a tanta gente. E por isso já valeu demais.

Ficam para registro as entrevistas históricas, algumas registradas em livros, como a que fiz com dona Adelina Hess de Souza, fundadora da Dudalina, que a reproduziu em sua autobiografia, e também o maior pensador brasileiro em atividade, o matemático e filósofoNewton da Costa, radicado em Floripa.

Música, literatura, artes plásticas, visuais e cênicas, as grandes paixões que sempre tiveram espaço na minha vida, também estiveram presentes no meu trabalho aqui no DC, e antes no jornal A Notícia.

Agora quero ficar leve e solta pra saber como é a vida sem mais dormir com o iPhone ligado na cabeceira porque nem minha mãe, nem alguém do jornal vai ligar. Não há mais emergências nem urgências. Preciso saber como é viver assim. E ganhei esta chance.